Notícias Automotivas

Avaliação completa da Renault Megane Grand Tour 1.6 e 2.0

renault megane grand tour auto press 1

Com a substituição do Renault Mégane no Brasil pelo Fluence, a station wagon Grand Tour parecia fadada a ter o mesmo destino da variante sedã por aqui. O fato de que as peruas perdem cada vez mais espaço para os utilitários esportivos parecia apontar para o fim do modelo.

Mas a Renault resolveu usar a Grand Tour para tentar atender o público de carros familiares da marca, que ficou sem opção desde o encerramento da produção do monovolume Scénic, no ano passado, e ainda não tem à disposição o utilitário esportivo Duster, que chega no segundo semestre desse ano.

Com essa missão, em dezembro de 2010, a marca francesa reduziu a linha Mégane Grand Tour a apenas uma versão de acabamento, com motor 1.6 16 V Hi-Flex, câmbio manual e sem opcionais.

E, o mais importante, trouxe o preço para baixo, a fim de entrar na briga com as peruas compactas.

renault megane grand tour auto press 2

O resultado foi imediato. Enquanto no ano passado inteiro a Grand Tour vendeu 2.864 carros, uma média de 238 unidades/mês, nos quatro primeiros meses de 2011 foram comercializados 2.234 exemplares, uma média mensal de 558 unidades – evolução de mais de 130% nas vendas.

A recepção do mercado foi melhor até do que a Renault esperava. Com o pico de 728 carros vendidos em março, a fabricante resolveu investir para aumentar a produção mensal do veículo na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná.

Agora, a única Grand Tour disponível é a Dynamique – que antes já detinha mais de 90% do mix – com preço de R$ 49.050. Com esse valor, a perua média da Renault entra na disputa com Volkswagen SpaceFox, Fiat Palio Weekend e Peugeot 207 SW.

Quando equipadas com os mesmos equipamentos, as rivais compactas chegam perto dos R$ 50 mil. Mas a station média da Renault é maior.

renault megane grand tour auto press 3

Com seus 4,50 metros de comprimento e 2,68 m de distância entre-eixos, fica muito distante dos concorrentes. O entre-eixos, medida que se reflete diretamente no espaço interno, é significantes 22 cm maior que Weekend e SpaceFox e 24 cm maior que a perua 207.

As outras dimensões são 1,47 metro de altura e 1,77 m de largura. Já o porta-malas carrega 520 litros de bagagem, medida que pode ser ampliada para generosos 1.600 litros com os bancos traseiros rebatidos.

Além de espaço e preço competitivo, a Mégane vem bem fornida de equipamentos de série. Ar-condicionado digital, direção elétrica, duplos airbags adaptativos, ABS, trio elétrico, computador de bordo, rádio/CD/MP3 com controles na coluna de direção, sensores de chuva e luminosidade, rodas de alumínio de 16 polegadas e cruise control são alguns dos itens que vêm de fábrica.

Mesmo com alguns deles já relativamente ultrapassados, como o sistema de som sem entrada USB ou para iPod, mantém algumas soluções singulares. Como a chave do tipo cartão, ignição através de botão e o freio de mão que lembra um manche de avião.

renault megane grand tour auto press 4

O motor é outro já conhecido, o 1.6 16V Hi-Flex. Com ele, são gerados 115/110 cv de potência com etanol e gasolina a 5.750 rpm e torque máximo de 16,0/15,2 kgfm a 3.750 rpm.

Com esse conjunto mecânico, a fabricante francesa garante que a sua perua atinge os 100 km/h, partindo da inércia, em 12,8 segundos e chega em 183 km/h de velocidade máxima.

Apesar da “reengenharia de marketing” da Grand Tour no mercado nacional, a Renault não promoveu mudanças no desenho do seu modelo. Portanto, a dianteira continua com a grade bipartida realçando o losango cromado e com faróis com cortes retos.

A lateral é marcada por um friso na cor da carroceria no meio das portas enquanto que um vinco, mais discreto, fica logo abaixo das maçanetas. Na parte posterior, destaque para as grandes lanternas, com formato triangular e que sobem pela coluna.

renault megane grand tour auto press 5

A Mégane Grand Tour reflete a recente estratégia da Renault em oferecer modelos com preços mais competitivos. Clio, Sandero e Fluence são alguns que também incorporam a tática focada no custo/benefício.

Com a perua, não foi diferente e o mercado respondeu surpreendentemente bem. A Grand Tour mostrou que ainda tem sua função no mercado nacional.

renault megane grand tour auto press 6

Instantâneas

# O Mégane Grand Tour foi lançado no Brasil em novembro de 2006. Só em março de 2008 chegou a versão topo de linha Privilège, que era equipada com motor 2.0.

# O Grand Tour recebeu a pontuação máxima de cinco estrelas no crash test realizado pelo EuroNCAP.

# Na Europa, o modelo já recebeu a sua terceira geração.

# O Cesvi Brasil avaliou a perua da Renault como a melhor do segmento no teste que classifica os veículos de acordo com os custos e a facilidade de realização de reparos.

renault megane grand tour auto press 7

Ponto a ponto

Desempenho – Chega até ser surpreendente a maneira que o motor 1.6 16V da Mégane Grand Tour move os 1.315 kg da station wagon. Não que o modelo seja um bólido, mas os 115 cv e os 16,0 kgfm de torque do propulsor ficam sempre “ligados” e conseguem fornecer um desempenho bastante satisfatório. Ponto também para a transmissão manual, que conta com engates precisos e curtos, que viabilizam trocas rápidas de marchas. Tal conjunto mecânico permite que o zero a 100 km/h seja feito na faixa dos 13 segundos. Nota 7.

Estabilidade – É um ponto delicado para as stations, por causa da traseira volumosa e pesada. Mas a perua da Renault se mostra um carro bem acertado neste aspecto. A suspensão com boa regulagem e as rodas com 16 polegadas conseguem deixar o veículo na mão do motorista. Em retas, a direção é precisa até os 140 km/h. Nas curvas, existe a tendência de sair de traseira apenas quando o motorista entra com um “ânimo” realmente exagerado. Fora isso, o comportamento dinâmico é bem tranquilizador. Nota 7.

Interatividade – Por ser um carro com projeto relativamente antigo – com lançamento no final de 2006 –, a Mégane fica atrás de modelos mais modernos. O rádio, por exemplo, só conta com entrada para CD. Não existe compatibilidade com USB e iPod. O sistema de som, pelo menos, tem controles na coluna de direção. A direção é leve, o que favorece as manobras, mas mesmo em velocidades altas é bastante precisa. A caixa de câmbio tem engates suaves e precisos, mas a embreagem da unidade avaliada tinha acionamento um tanto alto. Nota 7.

renault megane grand tour auto press 9

Consumo – A pequena cilindrada do motor 1.6 do Mégane se reflete no consumo. Com apenas etanol no tanque de combustível, a station wagon da Renault conseguiu a média de 9,1 km/l em trajeto misto. Nota 8.

Conforto – Os bancos de tecido são largos e acolhem bem os cinco ocupantes. O espaço interno também é farto, tanto para pernas como para cabeças. O isolamento acústico é bom. Mesmo em altas velocidades, acima dos 120 km/h, é possível manter uma conversa em tom normal no interior. Nota 8.

Tecnologia – Por ser um carro antigo, não há grandes modernidades entre itens tecnológicos, como um rádio com entrada USB e para iPod ou GPS. Em compensação, o modelo “herda” dos seus tempos de “perua chique” uma boa lista de equipamentos de série, como airbag duplo adaptativo, ABS, chave do tipo cartão, ar-condicionado digital, cruise control e sensores de chuva e de luminosidade. Nota 7.

renault megane grand tour auto press 10

Habitabilidade – Existe uma oferta razoável de porta-objetos no interior da station wagon da Renault. Os principais se situam no console central, na parte inferior e sob o rádio. As portas são amplas e facilitam o acesso dos ocupantes. Outro grande atrativo, essencial para uma perua, é o porta-malas. São bons 520 litros, que podem ser ampliados para 1.600 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. Nota 8.

Acabamento – Mesmo depois de mudar de segmento no mercado brasileiro, a Grand Tour manteve o bom acabamento interno da época que brigava em uma faixa superior. A parte superior do painel é toda revestida de plástico emborrachado. No console central, o material é rígido, mas agrada aos olhos e ao toque. Nota 8.

Design – A Mégane Grand Tour já é um carro com quase cinco anos de mercado brasileiro – e, quando surgiu no Brasil, a versão europeia já havia sido renovada. Desde então, não foram realizadas reestilizações, apenas mudanças discretíssimas nas lanternas e faróis. Mesmo assim, o desenho não desagrada. Pode não chamar a atenção nas ruas, mas pelo menos mantém um ar de carro mais caro do que é. Nota 7.

renault megane grand tour auto press 11

Custo/Benefício – É a atual razão de ser da Grand Tour. Depois do reposicionamento de mercado, a station wagon média ficou com preço de R$ 49.050 e já com uma lista recheada de equipamentos de série. Com isso, se aproxima dos valores cobrados por peruas compactas e menos equipadas, como Volkswagen SpaceFox, Palio Weekend e 207 SW. Nota 9.

Total – A Renault Mégane Grand Tour 1.6 16V somou 76 pontos em 100 possíveis.

renault megane grand tour auto press 12

Impressões ao dirigir – Sem perder a pose

Durante boa parte de sua vida no Brasil, a Mégane Grand Tour foi vendida e considerada um carro do segmento médio, com nível de acabamento superior. Agora, sendo comercializada com preço de perua compacta, o modelo se aproveita disso.

O visual, por exemplo, até empresta um “quê” de requinte para o modelo. Mas os principais mimos ficam no interior. Além da lista de equipamentos farta para um carro de menos de R$ 50 mil, existem alguns itens incomuns até para veículos mais modernos.

O destaque vai para a chave do tipo cartão. É preciso apenas encaixá-la e apertar o botão da ignição enquanto pressiona o pé na embreagem para ligar o motor. O freio de mão – com estilo manche de avião – também tem acionamento estiloso e inusual.

No habitáculo, também fica evidente o passado “nobre” da Grand Tour. Os materiais usados são de boa qualidade, mesmo os plásticos rígidos do console central. Já na parte superior do painel, apenas materiais emborrachados e de boa sensação ao toque foram empregados. Os bancos não são de couro, mas abraçam bem os ocupantes. O mesmo tecido também fica nas portas.

A boa impressão da perua da Renault continua em movimento. O motor 1.6 16V de 115 cv com etanol parece ser pequeno para mover os 1.315 kg do modelo, mas na prática o desempenho é bem satisfatório. Não que ele inspire uma condução mais ousada por parte do motorista, mas é suficiente para o uso nas cidades. O câmbio manual de cinco marchas também se mostra eficiente, com engates precisos e curtos.

A suspensão é igualmente bem acertada para o cotidiano urbano. Ela tem um ajuste entre o macio e o rígido. Isso significa que supera os buracos com eficiência sem passar insegurança para os ocupantes. Em retas, até a faixa dos 140 km/h não foram necessárias correções na direção.

Já nas curvas, a tendência de “jogar” a traseira – natural nas peruas graças ao volume extra da parte de trás – é bem absorvida pelo bom conjunto. Além disso, a direção é bastante direta e com o peso certo, mesmo em altas velocidades.

Comparando tanto em preço como em conteúdo – dinâmico e de equipamentos –, a Mégane Grand Tour se mostra competitiva em relação às defasadas peruas compactas da faixa de preço semelhante.

O crescimento nas vendas mostra que estratégia da Renault em reposicionar a Grand Tour foi bastante precisa e pode proporcionar vida longa ao modelo.

Por Rodrigo Machado – Auto Press

Ficha técnica – Renault Mégane Grand Tour 1.6 16V

Motor: gasolina ou etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm3, quatro cilindros em linha e 16 válvulas. Ignição eletrônica com acelerador eletrônico.

Transmissão: câmbio manual com cinco marchas à frente e uma à ré. Tração dianteira.

Potência máxima: 110 cv/115 cv, a 5.750 rpm.

Torque máximo: 15,2 kgfm/16,0 kgfm a 3.750 rpm.

Diâmetro e curso: 79,5 mm X 80,5 mm, taxa de compressão 10,0:1.

Suspensão: dianteira independente do tipo McPherson, com braço inferior retangular, barra estabilizadora e amortecedor. Traseira do tipo eixo flexível, com pontos de fixação exteriores, deformação programada por molas helicoidais e amortecedor.

Freios: a disco nas quatro rodas, com sistema ABS com EBV.

Carroceria: station wagon em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,50 metros de comprimento, 1,77 metro de largura, 1,46 metro de altura ­– 1,50 metro com barras de teto – e 2,68 metros de entre-eixos.

Peso: 1.315 kg.

Capacidade do porta-malas: 520 litros/1.600 litros.

Tanque de combustível: 60 litros.

Lançamento no Brasil: 2006.

google news2

O que você achou disso?

Toque nas estrelas!

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Últimas Notícias

  • Chevrolet Onix 1.0 2024: A versão mais simples do hatch
  • Flagra: Fiat Titano 2025 já segue para as concessionárias
  • Flagra: Novo Chevrolet Blazer EV RS já roda em testes no Brasil
  • Geely apresenta sedã híbrido plug-in barato; veja o preço
  • Renault Kardian vs Renault Stepway: Conheça as diferenças entre os dois
  • TOP 5: Motivos para comprar o Toyota Corolla Cross
  • Teremos uma picape elétrica da Nissan? Provavelmente sim e será americana
  • Volvo lança alerta antecipado de acidentes, mas você tem algo parecido no seu carro

Assuntos relacionados

  • Avaliação completa do Renault Logan 2010 (12 pontos avaliados)
  • Renault Sandero 1.6 automático (avaliação completa)
  • Renault Duster Dynamique 2.0 4×4: avaliação completa
  • Renault Sandero Stepway 1.6: avaliação completa
  • Carro da semana, opinião do dono: Renault Megane 2.0 2007
  • Renault Megane – conheça seus defeitos
  • Renault Megane E-Tech chega com 337 km de alcance por R$ 279.900
  • Primeiras impressões do crossover elétrico Renault Megane E-Tech

consumo megane grand tour 1.6 manual

Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.

User login

2016 Renault Megane IV Grandtour 1.6 SCe (115 Hp)

2016 Renault Megane IV Grandtour - Photo 1

  • GT 1.6 Energy TCe (205 Hp) EDC
  • GT 1.6 Energy dCi (165 Hp) EDC
  • 1.7 Blue dCi (150 Hp) EDC
  • 1.6 SCe (115 Hp)
  • 1.6 Energy dCi (130 Hp)
  • 1.5 Energy dCi (110 Hp) EDC
  • 1.5 Energy dCi (110 Hp) ECO2
  • 1.5 Energy dCi (110 Hp)
  • 1.5 Energy dCi (90 Hp)
  • 1.5 Blue dCi (115 Hp) EDC
  • 1.5 Blue dCi (115 Hp)
  • 1.5 Blue dCi (95 Hp)
  • 1.3 TCe (160 Hp) FAP
  • 1.3 TCe (160 Hp) EDC FAP
  • 1.3 TCe (140 Hp) FAP
  • 1.3 TCe (140 Hp) EDC FAP
  • 1.3 TCe (115 Hp) FAP
  • 1.2 Energy TCe (130 Hp) EDC
  • 1.2 Energy TCe (130 Hp)
  • 1.2 Energy TCe (100 Hp)

YouTube

  • Minha conta

Usado: Renault Megane Grand Tour 1.6 2012 tem bom custo-benefício e espaço

Modelo manual pode ser encontrado por valores entre r$ 23 mil e r$ 30 mil.

Por Julio Cabral

18/11/2018 08h18 Atualizado 29/07/2020

Megane Grand Tour vinha com motores 1.6 ou 2.0 (Foto: Divulgação) — Foto: Auto Esporte

A Renault Megane Grand Tour já saiu de linha há mais de seis anos, mas o segmento de peruas está tão desabitado que a perua até hoje é uma das raras opções de médias. No ano-modelo indicado, a versão Dynamique 1.6 pode ser encontrada por preços entre R$ 23 mil e R$ 30 mil. E você ainda pode encontrar um mais antigo com o pacote visual Extreme, com para-choques e outros detalhes esportivos.

Custo-benefício e itens de série

O custo coloca a perua em um patamar inferior até a maioria dos carros de acesso. O nível de itens é relativamente elevado, há ar-condicionado, direção hidráulica, volante ajustável em altura e profundidade, CD player, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 16, computador de bordo, controle de som no volante e revestimento interno em tecido aveludado. O interior tem bom acabamento, com direito a materiais macios em superfícies como o painel.

Quanto aos equipamentos de segurança, há duplo airbag e freios ABS de série, afora cinto de três pontos e encostos de cabeça para todos. Claro que você não vai itens atuais como airbags de cortina ou controle de tração, afinal, o projeto foi lançado originalmente em 2006 e não incorporou as salvaguardas naquela época. Tampouco central multimídia e outros mimos da atualidade.

Desempenho e consumo

Nos últimos suspiros, a Megane Grand Tour vinha apenas com motor 1.6 flex de 115/110 cv (etanol/gasolina) e 16/15,2 kgfm a 3.750 rpm. Pode não ser tão disposto quanto o 2.0 16V a gasolina de 138 cv e 19,2 kgfm, mas ajudou a baratear a perua. Mesmo no final de vida, o Renault teve uma boa receptividade graças aos preços agressivos.

A motorização menor vinha apenas com o câmbio manual de cinco marchas. Somente o 2.0 tinha opções de caixa manual de seis marchas ou automático de quatro velocidades - que não é tão confiável.

Modelo chegou a passar por um facelift antes de sair de linha (Foto: Divulgação) — Foto: Auto Esporte

Claro que você terá que ser um pouco zen para lidar com o desempenho. São 13,2 segundos de zero a 100 km/h, contra 11 segundos do 2.0 manual e 11,9 s do automático. O bom torque a médio regime ajuda a recuperar 60 a 100 km/h em 11,8 s. Nas frenagens, o Megane Grand Tour mostra segurança e percorre somente 24,9 metros para ancorar vindo a 80 km/h. Mérito do sistema de freios com discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira.   

O ajuste dinâmico da Grand Tour é dos bons, as rodas aro 16 calçadas em pneus 205/55 garantem parte disso. Além disso, o modelo apresenta bom conforto de rodagem. Porém, você deve tomar um pouco de cuidado com buracos e não tratar a perua como SUV.

A direção é elétrica é um pouco pesada nas manobras, embora tenha boa sensibilidade em alta. Isso transforma o Megane em um ótimo estradeiro, previsível e estável, por mais que custe um pouco mais de suor nas balizas.

Painel raramente vem com a disqueteira abaixo do rádio (Foto: Divulgação) — Foto: Auto Esporte

Para compensar, os engates do câmbio são bem melhores que na linha Sandero/Logan e a ergonomia é bom, com posição de direção facilitada pelo ajuste de altura e de profundidade do volante.

O espaço interno é amplo, o entre-eixos de 2,68 metros permite levar quatro ocupantes altos com alguma folga. Só que um quinto adulto ficará incomodado na posição central-traseira. Não é nem tanto pelo túnel central, mas pelo formato do banco, que privilegia os assentos das pontas.

O porta-malas compensa o inconveniente. Na medição da Autoesporte , foram aferidos 494 litros, não muito distante dos 520 litros divulgados pela Renault. O compartimento tem acesso desimpedido e pode ser ampliado ainda pelos bancos bipartidos. 

Seguros, peças e desvalorização

O seguro e a cesta de peças não assustam, tal como a desvalorização já estabilizada. O valor da apólice é de R$ 2.307 para o perfil da Autoesporte , valor que varia um bocado de acordo com o perfil. E a cesta de peças fica em R$ 4.380, apenas um pouco acima do patamar dos compactos. Além disso, a desvalorização fica em 3,84% anuais.

Teste: Fiat Titano consegue ser melhor do que Hilux e Ranger?

Jac e-js1 custa r$ 109.990 para uber contra byd dolphin mini da 99, carros híbridos flex vão crescer no brasil com etanol feito até de milho, segredo: novo volkswagen t-cross terá visual de versões básicas na europa, veja como consultar as multas de um carro pela placa, carros usados e seminovos, renault kardian: veja 5 boas opções de carros usados pelo mesmo preço.

Novo SUV nacional chega às lojas por R$ 112.790; conheça opções de SUVs e sedãs médios com preço similar

Renault Kardian: veja 5 boas opções de carros usados pelo mesmo preço

Indústria automotiva

Byd aumenta para r$ 5,5 bilhões investimentos no brasil.

Valor é quase o dobro do anunciado inicialmente pela fabricante chinesa

BYD aumenta para R$ 5,5 bilhões investimentos no Brasil

Lançamentos de carros

Mitsubishi l200 triton sport outdoor 2025 tem cara nova e nome antigo.

Até então, versão Outdoor trazia visual anterior ao facelift de 2020; picape mantém motor 2.4 turbodiesel de 190 cv e custa R$ 245.490

Mitsubishi L200 Triton Sport Outdoor 2025 tem cara nova e nome antigo

Segredos e flagras

Com lançamento previsto para abril, SUV deve adotar desenho das versões básica e Life vendidas no Velho Continente

Segredo: novo Volkswagen T-Cross terá visual de versões básicas na Europa

Testes de Carros

Fiat Titano Ranch tem motor 2.2 turbodiesel de 180 cv e aposta no preço de R$ 259.990 para bater as consagradas rivais

Teste: Fiat Titano consegue ser melhor do que Hilux e Ranger?

Mercado automotivo

Motoristas do aplicativo estão com desconto de R$ 16.910 para a versão de entrada do carro elétrico

Jac E-JS1 custa R$ 109.990 para Uber contra BYD Dolphin Mini da 99

Todos os planos de investimentos anunciados nos últimos meses têm algo em comum: a aposta nos híbridos flex

Carros híbridos flex vão crescer no Brasil com etanol feito até de milho

Serviços automotivos

Já é possível identificar quais multas foram aplicadas ao seu veículo utilizando os números da placa e do Renavam; veja o passo a passo

Veja como consultar as multas de um carro pela placa

10 carros que ficarão isentos de vez do IPVA com nova lei dos 20 anos

Se lei for aprovada, modelos fabricados de 2005 para trás ficarão livres do imposto nos estados que ainda não tinham esse benefício

10 carros que ficarão isentos de vez do IPVA com nova lei dos 20 anos

Teste: Audi SQ8 e 1° jet ski elétrico do mundo têm muito em comum

Juntar o SUV elétrico com a inovação das águas vai custar mais de R$ 1 milhão; vale a pena?

Teste: Audi SQ8 e 1° jet ski elétrico do mundo têm muito em comum

  • ENTRAR SAIR

Guia de Usados: Renault Mégane Grand Tour

A perua média agrada quem quer espaço, segurança, equipamentos e estilo sem gastar muito dinheiro na compra.

Renault Mégane Grand Tour Dynamique 1.6 16V

Um dos últimos marcos de uma categoria (a das peruas) cada vez mais esquecida pelo mercado , a segunda geração do Renault Megane desembarcou no Brasil em 2006 — o sedã chegou primeiro, em março, seguido da perua, que veio em novembro.

Logo na chegada, a perua Grand Tour garantiu o primeiro lugar no comparativo feito por QUATRO RODAS, contra Toyota Fielder e Peugeot 307 SW graças às boas credenciais de espaço (incluindo um porta-malas de 520 litros), visual, tecnologia embarcada e custo-benefício.

O Megane para a família chegou, inicialmente, nas versões Expression e Dynamique. A primeira era equipada exclusivamente com motor 1.6 flex de 115/110 cv e 16/15,2 mkgf com etanol/gasolina, enquanto a segunda poderia ter, além do mesmo 1.6, um 2.0 16V a gasolina de 138 cv e 19,2 mkgf.

A motorização 1.6 vinha sempre acompanhada de câmbio manual de cinco marchas, enquanto a 2.0 tinha as opções de transmissão manual de seis marchas ou automática de quatro.

Além do motor 2.0, a versão Dynamique trazia ar-condicionado, computador de bordo, freios a disco nas quatro rodas (com ABS e EBD) e airbag duplo.

Renault Mégane Grand Tour Dynamique 1.6 16V

Dois anos depois, em 2008, surgia a versão top de linha Privilège, sempre com motor 2.0 e câmbio automático, equipada com sensores de chuva, farol e ré, retrovisores retráteis, ar digital e som com MP3 e disqueteira. Muito segura, a Grand Tour obteve na época a pontuação máxima de cinco estrelas nos testes de impacto EuroNCAP.

Mas nem tudo eram flores: o padrão de qualidade deixava a desejar quando comparado às rivais, e as primeiras unidades sofreram com uma série de problemas, como para-brisa trincado e panes elétricas.

O pós-venda também maculou sua imagem, com reclamações de peças caras e dificuldade de fazer reparos que resolvessem seus problemas.

Renault Mégane Grand Tour Dynamique 1.6 16V

Em 2009, a série Extreme dava aparência mais esportiva à perua, com para-choques agressivos e carroceria disponível apenas na cor preta. Em 2010, a perua passou por uma discreta reestilização: mudaram apenas as cores dos borrachões externos e a disposição interna das lanternas.

No final daquele ano, passou a ser oferecida em versão única (Dynamique 1.6) em um bom pacote fechado de equipamentos e com preço menor, próximo ao de Palio Weekend e VW Spacefox . Foi então, quase no final da vida, que ela começou a vender realmente bem.

Fuja da roubada

Cuidado com as primeiras Grand Tour, fabricadas até 2007. Houve uma série de panes elétricas e problemas diversos, como para-brisa trincado, fechaduras inoperantes e portas desalinhadas. Algumas não tiveram todos os problemas solucionados durante a garantia, fazendo delas verdadeiras bombas-relógio.

Renault Mégane Grand Tour Dynamique 1.6 16V

ONDE O BICHO PEGA

Cartão eletrônico – Verifique se o cartão-chave se encontra em bom estado: uma unidade nova não custa barato, e não é tão fácil de se encontrar.

Portas desalinhadas – Nesse caso, elas são difíceis de abrir ou fechar e podem apresentar ruídos nas borrachas de vedação com o carro em movimento. A maior dificuldade é diferenciar uma porta desalinhada de fábrica da trocada após um acidente. Na dúvida, peça a opinião de um funileiro.

Direção – Falhas na assistência elétrica da direção indicam mau contato no chicote elétrico ou problema na fixação do módulo do sistema. Em casos graves, é preciso substituir todo o conjunto

Embreagem – A trepidação no sistema é comum e só pode ser eliminada com a substituição do conjunto e retífica do volante do motor.

Infiltração –  O modelo carrega um histórico de infiltrações na cabine. Proprietários relatam a invasão de água no piso dianteiro — no fim, o problema era decorrente do ar-condicionado.

Acabamento – Verifique o estado das laterais de porta (não devem estar descascadas), maçanetas internas (podem estar soltas) e difusores de ar (devem estar íntegros). São peças difíceis de encontrar.

A VOZ DO DONO

“Ótimo carro, com estilo e acabamentos bonitos e atuais. A oferta de equipamentos também é um ponto positivo, além da facilidade de manuseio dos mesmos. Tem encosto de cabeça para todos os ocupantes, ótimo espaço interno e porta-malas grande. O motor 2.0 de 140 cv é forte, mas tem consumo de combustível excessivo. Com gasolina, faço média de 7 km/l na cidade (5,5 km/l com ar-condicionado ligado). Na estrada, consigo até 13 km/l a 110 km/h, com piloto automático e em sexta marcha. O modelo peca pelo sistema multimídia incompleto, pela fragilidade da caixa de direção e pelo preço alto das peças.” – Pedro Orso Neto, 29 anos, visual merchandising, Chapecó (SC).

“O custo-benefício é imbatível e o carro tem equipamentos difíceis de serem achados em carros na mesma faixa de preço. Com muito espaço, é ideal para quem precisa levar cadeirinha e carrinhos de bebê. Possuo duas Grand Tour em casa, ambas com menos de 50.000 km e com as manutenções em dia. Tenho certeza que as levarei até pelo menos os 200.000 km.” – Rafael Leite, 37 anos, Técnico de Suporte, São José dos Campos (SP)

“Existe um cabeamento debaixo dos bancos que frequentemente apresenta mau contato. Com isso, o quadro de instrumentos acusa o aviso “Service” para um problema no sistema de airbags. Na tampa do porta-malas, outro cabeamento altera o comportamento do carro com “sintomas” estranhos, como ligar o limpador do para-brisa quando o carro é ligado. E o preço do conserto em caso de colisão é bem alto em relação ao valor do veículo.” – Neimar Hahmeier, 37 anos, Programador, Joaçaba (SC)

NÓS DISSEMOS

Julho de 2006

“Seu interior repete a receita encontrada no sedã. No painel, feito de plástico agradável ao olhos e aos dedos, são círculos para todos os lados, incluindo os marcadores, os botões do ar-condicionado, a base da alavanca de câmbio (…). O espaço interno é bom e a cabine é ampla graças ao entre-eixos de 2,69 metros. (…) O porta-malas tem bom acesso e comporta, com a cobertura plástica puxada, 520 litros (…). Na pista de Interlagos, a perua mostrou que tem conjunto motriz acertado. (…) A suspensão é complacente demais em curvas e permite que a carroceria incline além do desejável. A contrapartida é um rodar mais suave em pisos acidentados.”

  • Relacionadas
  • Carros usados VW CrossFox foi ápice da moda dos aventureiros e hoje parte dos R$ 35.000
  • Carros usados Renault Fluence usado é francês com motor japonês e custa R$ 35.000
  • Carros usados VW Golf 7 usado ainda é muito bom, mas câmbio DSG dá dor de cabeça

Nova geração do BYD Song Plus poderá ir de SP a Salvador sem abastecer

  • carro usado
  • Guia de carros usados

Quatro Rodas

Quatro Rodas

Superinteressante

Superinteressante

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Acompanhe por QUATRO RODAS.

consumo megane grand tour 1.6 manual

MELHOR OFERTA

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app. *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria! Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.

Comscore

Confira os Detalhes do Megane Grand Tour

Confira os Detalhes do Megane Grand Tour

Ela foi uma perua interessante, embora a marca não tivesse muito apelo entre os consumidores brasileiros. A Megane Grand Tour foi a variante familiar da segunda geração do médio da Renault no Brasil, onde foi fabricada entre os anos de 2006 e 2012. Com visual elegante, oferecia bom espaço interno e bagageiro generoso. A Megane Grand Tour foi fruto da evolução do médio da Renault no mercado brasileiro, já que o mesmo chegou ao Brasil em meados dos anos 90, substituindo o antigo Renault 19. O modelo era vendido somente nas versões sedã e hatch, até que houve uma mudança de geração em 2002. No entanto, a produção argentina do Megane anterior continuou até meados dos anos 2000, quando a montadora francesa decidiu fabricar no Brasil a segunda geração, iniciando-a em São José dos Pinhais-PR em 2006. No pacote, além do sedã, a Renault trouxe uma opção perua, que chamou de Grand Tour, um nome usado também em alguns países. Aqui, a produção durou até 2012, quando a Renault passou a fazer o SUV Duster em seu lugar. Na Europa, a terceira geração do Megane já existia desde 2008 e contemplava a continuação da perua. Em 2016, surgiu a quarta geração e com ela a nova familiar da linha. Neste artigo, contaremos a história do modelo vendido no Brasil e brevemente de suas sucessoras no velho continente. Em maio de 2006, a Renault apresentava ao mercado brasileiro a perua Megane Grand Tour. A produção do sedã já havia começado em março, mas a familiar demorou alguns meses para aparecer. Charmosa, ela trazia o mesmo conjunto mecânico do três volumes e as mesmas inovações, como a chave eletrônica em forma de cartão, que era inserida no painel. Embora muito atrasada em relação à Europa (dois anos depois surgiria lá a terceira geração), a Megane Grand Tour parecia bem atual para o mercado brasileiro, que na época ainda tinha diversas peruas em oferta no mercado, como Toyota Corolla Fielder, Volkswagen Jetta Variant, Peugeot 307 SW, Fiat Marea Weekend e ainda ganharia outras, como a futura Hyundai i30 CW, alguns anos depois. Megane Grand Tour – design A Megane Grand Tour vinha com um desenho moderno e leve, que agrega elementos estéticos do modelo europeu, como faróis facetados e grade dupla com centro triangular, onde o losango da Renault centrava o conjunto. O para-choque tinha grandes partes em cinza e faróis de neblina circulares na parte inferior, onde havia outra grade. Ela tinha também repetidores de direção laterais, aplique com o nome Grand Tour nas portas dianteiras, maçanetas cromadas na versão Privilége, barras longitudinais no teto e antena. Na traseira, as lanternas erguiam-se até quase o topo das colunas D, tendo elemento circular e transparente no centro da lente. A área envidraçada era muito boa, em especial na traseira. O para-choque tinha uma curvatura que permitia abrir a tampa do porta-malas em nível bem baixo. Também tinha acabamento cinza, mas o restante era bem integrado visualmente à carroceria da Megane Grand Tour. As rodas de liga leve aro 16 polegadas tinham desenho apenas adequado, sem chamar muito atenção e nem pretender se destacar do restante do carro. Por dentro, a Megane Grand Tour era bem espaçosa e tinha 520 litros no porta-malas, que podiam ser bem ampliados com o rebatimento do banco traseiro bipartido. Já o painel adotava um desenho bem funcional e prático, algo semelhante em proposta ao Nissan Sentra da época, por exemplo. Sem adornos estéticos para almejar algum luxo, o conjunto da Megane Grand Tour tinha difusores de ar pequenos, display digital para relógio e temperatura externa e comandos manuais do ar-condicionado. O sistema de áudio com CD Player era do tipo 1din e tinha display unificado com a tela digital superior. Havia um porta-objetos e logo abaixo o botão de partida. A chave-cartão ia inserida num slot abaixo. O cluster era analógico e tinha computador de bordo com telinha na parte superior e indicadores de marcha e portas abertas entre os mostradores. Havia igualmente medidores de temperatura da água e nível de combustível, além de acabamento cinza no velocímetro e conta-giros. O volante tinha desenho em forma de meia-lua com airbag e acabamento em couro, dependendo da versão. A coluna de direção ajustável ainda contava com a tradicional haste de controle de mídia, comum nos carros da Renault na época. O piloto automático e o limitador de velocidade exigiam dois botões duplos no volante. A alavanca de câmbio era alta, tanto na versão manual de cinco ou seis marchas (dependendo do motor), quanto na automática de quatro velocidades. Esta última tinha seletor de marchas com acabamento cinza e mudança de marchas manuais. Mas, um item que chamava atenção, além da chave-cartão era o freio de estacionamento manual, cujo acionador era semelhante a um manche. Nas portas, os comandos dos espelhos no lado do motorista era bem proeminente e estava no topo do puxador, facilitando seu acesso. Os bancos eram em tecido, mas havia opção de couro de fábrica, dependendo da versão. A Megane Grand Tour tinha tecidos bem macios e conforto garantido nos assentos. O espaço para quem ia atrás era realmente bom, como deveria ser uma perua em sua categoria. A perua da Renault tinha altura interna adequada e o acabamento no geral era aceitável. A Megane Grand Tour apresentava banco traseiro com três apoios de cabeça e cintos completos. Feita sobre a plataforma C da Renault, que deu corpo para vários modelos da marca, inclusive o Koleos, assim como muitos da Nissan, a Megane Grand Tour tinha 4,500 m de comprimento, 1,777 m de largura, 1,467 m de altura e 2,686 m de entre eixos. Note que, em termos de altura, ela está mais para um sedã do que para uma proposta familiar. Com tanque de 60 litros, a perua da Renault pesava em torno de 1.315 kg na versão 1.6, tendo ainda suspensão McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. Ela tinha ainda discos nas quatro rodas com sistema de freios ABS com EDB. Em termos de segurança, tinha ainda airbag duplo. Megane Grand Tour – motores No começo da carreira, a Megane Grand Tour tinha o propulsor K4M da Renault, o mesmo 1.6 litro usado pelo Clio desde o começo dos anos 2000. Com nível de ruído elevado, esse motor tinha duplo comando de válvulas no cabeçote, quatro válvulas por cilindros, totalizando 16. Com 1.598 cm3, ele já chegou flex a bordo da Megane Grand Tour na versão Expression, entregando 110 cavalos na gasolina e 115 cavalos no etanol, ambos a 5.750 rpm. O torque era de 15,2 kgfm no primeiro e 16,0 kgfm no segundo, respectivamente, obtidos em 3.750 rpm. Ele exigia um câmbio manual de cinco marchas e a tração era somente dianteira. Com ele, a Megane Grand Tour 1.6 ia de 0 a 100 km/h em 12,8 segundos e com velocidade final de 183 km/h. O consumo era de 6,7 km/l na cidade e 8,0 km/l na estrada, quando com etanol. Na gasolina, ela fazia 8,5/11,4 km/l, respectivamente. A versão Dynamique surgiu com opção de motor 2.0. A Megane Grand Tour utilizou o propulsor F4R, que até hoje está em uso na gama da Renault, equipando modelos como Captur, Duster, Oroch e Sandero RS 2.0, por exemplo. Entretanto, quando na perua francesa, o propulsor não tinha tecnologia flex. Com 1.998 cm3, o F4R tem duplo comando de válvulas, 16V e injeção eletrônica multiponto. Na época, esse 2.0 da Renault entregava 138 cavalos a 5.500 rpm e 19,3 kgfm a 3.750 rpm, mesma rotação do K4M 1.6. Na perua, ele tinha duas opções de câmbio, sendo um exclusivo manual de seis marchas e um automático com quatro velocidades. Pesando 1.380 kg, a Megane Grand Tour 2.0 automática conseguia fazer de 0 a 100 km/h em 11,9 segundos, pouco menos que a versão 1.6 manual, bem mais fraca. A velocidade máxima era de 194 km/h e o consumo urbano ficava em 7,9 km/l, enquanto o rodoviário era de 11,2 km/l. Na versão manual, a Megane Grand Tour 2.0 era mais esperta, fazendo de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos e com final de 198 km/h. Entretanto, o consumo era pior na rodovia, fazendo 10,2 km/l, mesmo com duas marchas a mais, enquanto na cidade era mais frugal: 8,5 km/l. Na Megane Grand Tour, o motor F4R nunca teve opção Flex e foi retirado da oferta no final de 2010, deixando-a somente com o Flex 1.6 K4M com câmbio somente manual. Com ele, a perua durou mais uns dois anos no mercado, tendo como destaque o preço competitivo, já que era uma oferta que já estava desatualizada por volta de 2012, após 32.400 unidades vendidas. Megane Grand Tour – conteúdo e versões Megane Grand Tour Expression 1.6 A Expression era a versão mais simples da Megane Grand Tour. A opção vinha de série com airbag duplo, freios com ABS e EDB, rodas de liga leve aro 16 polegadas com pneus 205/50 R16, direção elétrica, freios a disco nas quatro rodas, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas com controle remoto, ar-condicionado, computador de bordo, chave-cartão, faróis duplos com ajuste de altura, banco do motorista com ajuste de altura, cintos ajustáveis e de 3 pontos para todos, volante com ajuste em altura e profundidade, porta-luvas refrigerado e lanterna de neblina, entre outros. Opcionais: vidros traseiros elétricos, espelhos retrovisores externos com controle elétrico, faróis de neblina, sistema de áudio com CD Player, volante multifuncional e temperatura externa. Megane Grand Tour Dynamique 1.6 Itens da Expression, mais os opcionais da mesma, além de alarme perimétrico, piloto automático, limitador de velocidade, apoio de braço para o motorista e banco traseiro bipartido. Megane Grand Tour Dynamique 2.0 Itens acima, mais motor 2.0 e transmissão manual de seis marchas ou automático com quatro velocidades. Megane Grand Tour Privilége Surgida alguns anos depois do lançamento, esta opção topo de linha tinha alguns diferenciais, entre eles acabamento melhorado, retrovisores com repetidores de direção, sensor de chuva, sensor crepuscular, ar-condicionado automático, retrovisores com basculamento elétrico, sensor de estacionamento traseiro e bancos em couro. Megane Grand Tour Extreme Esta opção apareceu em abril de 2009 como série especial. Oferecida somente na cor preta, a Megane Grand Tour Extreme tinha para-choque dianteiro em estilo Megane RS (europeu), retrovisores na cor grafite, aerofólio traseiro, saias laterais esportivas e bancos com costuras vermelhas. A edição limitada tinha opção de motores 1.6 Flex e 2.0 a gasolina. Atualização leve Uma atualização leve foi promovida em 2010, adicionando grade com mais cromados, lanternas com layout alterado e cores internas renovadas. A mudança foi bem sutil dada as baixas vendas da dupla, sedã e perua, que acabaram por serem substituídos pelo Fluence em 2013. Este, por sua vez, nunca teve versão perua em nenhum mercado. Megane Grand Tour – gerações seguintes Com o fim da Megane Grand Tour no Brasil, a Renault deixou de atuar no segmento de peruas, algo que vinha fazendo desde os anos 90, quando trazia modelos feitos na Argentina. Na Europa, a linhagem continuou com a terceira geração em 2008. Esta geração manteve a plataforma C, o que significa que se tivesse continuado no Brasil, a Megane Grand Tour não teria problemas em termos técnicos, apesar de que, sem o Megane hatch, a perua não iria durar muito no mercado, pois os custos seriam enormes, visto que o sedã se converteu no Fluence. Com 2,703 m de entre eixos, ampliado, a Megane Grand Tour de terceira geração (do Megane) tinha 4,559 m de comprimento e 1,507 m de altura, sendo também mais larga. A perua francesa chamava atenção pela carroceria volumosa, assim como pela linha de cintura que se elevava até as vigias laterais. O vidro da tampa do bagageiro era bem amplo e as lanternas grandes, com desenho envolvente e chanfros na parte interna, sobre a tampa do bagageiro. O para-choque se fundia com a própria tampa e a frente era a mesma do Megane hatch, tendo faróis duplos grandes, que avançavam sobre capô e para-lamas. O capô ia até o logotipo da Renault, enquanto a grade se resumia a uma abertura sobre a posição da placa. Mas, o para-choque tinha uma boca grade, bem como faróis de neblina. Já a terceira geração passou a ser feita em 2016 sobre a plataforma modular CMF, tendo 4,626 m de comprimento, 1,814 m de largura, 1,449 m de altura e 2,711 m de entre eixos. Ela tem 521 litros no porta-malas e chama atenção pela frente com LEDs diurnos em forma de gancho, assim como faróis full LED. A Megane Grand Tour de quarta geração mantém o estilo básico da anterior, embora bem polido. Na traseira, as lanternas em LED unidas por uma lente impressionam visualmente. Na parte mecânica, destaque para o eixo traseiro (de torção) direcional. Publicado em: 28/02/2019

Grupo Globo

  Horário de atendimento

Ofertas do mês

logotipo renault

  Política de Cookies       Política de Privacidade

Commix Soluções Digitais

Em desenvolvimento para melhor atendê-lo.

DocPlayer

Megane Sedan Megane Grand Tour MANUAL DE PROPRIETÁRIO

  • Maria da Assunção Sanches Philippi
  • Visualizações:

--> -->